sexta-feira, 6 de maio de 2011

Apenas um protestante sem público

     Na semana toda enfrentei situações que nunca pensei que caberia em apenas uma semana.
Comecei domingo perdendo o grenal, mas o que marcou mesmo foi ter ter o carro apreendido em uma abordagem de rotina da brigada. Tava com Ipva atrasado apenas por um dia eu, minha e minha filha de um ano, fomos expulsos do nosso carro para o frio, dia 1 de maio de 2011 as 23:40 de domingo, a 130 quilometros da nossa casa, na cidade de Marques de Souza. Implorei com o máximo de educação que se deve ter nesses momentos, supliquei bom senso, mas a lei teve que ser cumprida.
O pm sugeriu o pagamento antecipado da despesa do guincho, pra evitar a apreensão do veículo. Fiquei Perplexo. Perguntei: Como assim?? Mas deveria ter dito com uma cara de  favorecido: Ah.. claro, será bem melhor, pagar o guincho antecipado, pois vou evitar ficar na rua e minha filha não corre o risco de se resfriar. Acabei dando a entender que preferia ser guinchado e multado mesmo, do que participar do esquema de guincho não contabilizado.
       Na segunda eu tinha um compromisso profissional, uma feira de calçados em uma empresa que eu já há dez anos procurava realizar. Depois de uma noite que não dormi pra conseguir chegar em casa, fiquei péssimo pra atender meus importantes clientes. Até organizar meu stand mais de 900 caixas de sapatos eu carreguei naquele dia. O resto da semana foi se arrastando sem sucesso para meus objetivos de venda, na quarta-feira recebi o documento 2011. Liguei para o guincho, que é uma empresa licenciada do Detran-RS, a atendende, uma senhora exigiu contrato social da empresa, pois o carro e da esta no seu nome, e uma procuração assinada pelo propritário, o meu pai. Pronto tudo autenticado em todos os cartórios. Me faltam palavras para descever a maneira como fui atendido quando cheguei ao local para a retirada do carro. A mesma senhora do telefone, examinou o contrato social, o ipva pago, e a procuração que não vou descrever detalhes, mas tirei o modelo em uma rápida pesquisa de internet.  Minha procuração não estava de acordo. Tinha o plano de voltar de carro pra PoA indo direto para minha feira e aproveitar o máximo  a feira de dias das mães. Sapato é o segundo item mais vendido nesta época e eu vivo disso. Fiquei em pânico, e a nossa atendente sorria sarcasticamente, conforme eu ia questionando a situação. Quem ler isso saiba que fui descriminado. Ao pedir para falar com o gerente, a senhora pediu pra que eu ligasse para o 0800 do DETRAN e isso eu tentei, mas não aceito ligação de celular e nunhum orelhão funcionava. Ela pediu que eu me retirasse e ainda disse que estava sendo muito educada até. Me senti um lixo. Uma pessoa que tem o poder de reter o nosso carro, usa pra fazer vingacinha pessoal. Sou um cidadão, aceito quando sou multado e pago impostos muito questionáveis. Mereço o mínimo de dignidade, tenho certeza. Um tio de Estrela, que me acompanhava não entendia tal atendimento. Pedi a guia bancária pra pagar o guincho e diárias e isso não me foi negado. Coincidência??? A secretária debochou, porque não perdi a oportunidade de dizer: A guia de pagamentos te convêm não é? Paguei em Estrela.
       Me veio novamente o sentimento se cidadão esmagado, e resolvi usar a arma conquistada com sangue durante a ditadura, a liberdade de expressão. Comprei quatro cartolinas e um pincel atômico, e escrevi em vermelho: Aqui tem um mau atendimento, Queremos auditoria, Cadê o Ministério Público? e Fim da Máfia. Com madeiras que estavam se decompondo no chão, fiz os supoter para cola-los. O Guincho fica as margens da 386 e praticamente nenhum pedestre passa por lá, apenas carros acima de 80Km/h. Pensei comigo, que protesto é esse? Apenas um manifestante e nenhum público. Bastou dez minutos e veio um homem de aproximadamente 1,90m e porte largo, mais arde soube que era filho do dono, veio afobado e raivoso. Perguntou: O que tu ta falando de mim aí vagabundo??? Foi arrancando meus cartazes, e atrás deles outros cinco homens, creio que o proprietário e quatro funcionários. Começou a covardia o grandalhão começou me dar socos e me arrastar e rapidamente recebeu todos os reforços. Achei curioso que um estava até com um alecate na mão, abria e o fehava como se fosse uma terrível arma. Além dos socos e pontapés rasgaram meu blusão de lã e a camiseta que estava por baixo. A dor era suprimeida pela adrenalina e por incrível que pareça comecei a pensar que meu protesto tava dando certo, mas logo percebi que eles estavam me arrastando para dentro do pátio e ouvi uma voz que parecia de um pirata: "Vamo arranca todinho os dentes dele com alecate!!!", o filho gigante repetia seguido:"Vamo lá pra dentro agora e tu vai ver" "Vai ser o teu fim""Vai morrer" também foram acrescido adjetivos a minha mãe após estas ameças e nunca gostei que metessem minha mãe no meio. O pavor tomou conta de mim, comecei a gritar como nunca imaginei que  conseguiria:"Policia!!! Socorro!!! SOcorroooo! Políciaaaaa!!! Nisso com a força de quem corre pela vida me livrei  de cinco homens que corriam pela caça. Era meio-dia e apesar de o lugar ser deserto juntarm cerca de cinquenta curiósos e então corri para eles. Um rapaz filmava e o gigantão que foi o que mais me castigou, ameaçou: Se tu filmar eu vou te matar, guarda isso daeee!!!" Saquei o celular do bolso e liguei 190 e e todos os valetões voltaram pra dentro da empresa, enquanto isso fiz um discurso que afastou minha clássica timidez, soltei algumas frases batidas, e coisas que estavam acontecendo. Tentei conquistar alguma das testemunhas, mas os locais viraram as costas. Não os culpo, ninguém iria arruamar bronca com esses brutamontes ainda mais por um estranho. Logo avistei o camburão, e o dono do guincho que foi o segundo que mais me bateu saiu novamente pra rua. Em segundos saqui minha filmadora pra que ela fosse minha a minha testemunha. Com ela ligada registrei a confissão dos meus agressores. Confirmaram tudo na frente dos militares. Não pareciam respeita-los, reforçava as ameaças e  todos fomos a delegacia.
     Esse é um relato real, temo por mim e pela família, pois as coisas que ouvi da autoride que registrou meu depoimento foi muito parcial e induzido, tive que corrigir duas vezes antes de assinar o depoimento, pois não constava agressão física e nem aeça de morte. Aparecerm três homens com suas camisetas rasgadas e machucados de tanto apanhar da minha pessoa. Ficaram assistindo tudo que eu dizia e quando chegou a vez dos agressores fui convidado a me retirar. Enquanto esperava a carona da Brigada,  o Filhão passou por mim e reforço: Vou arrancar teus dentes com alecate!!! Claro que liguei e posicionei a câmera escondida. Apos consultar meu advodado vou postar aqui as fotos.
     Meu pai veio retirar o carro, poque não fui um eficiente procurador, a brigada acompanhou todo o processo. Temi muito que cortassem meus freios pra escaparem do processo, afinal já disser que iriam me matar. Revisamos e fomos embora pra Porto e só pra dar mais emoção esqueceu o celular no guincho. Ele que inssistiu pra voltar pois ele não devia nada pra ninguém. Fiquei esperando no carro e ele demorou longos vinte minutos para voltar. Agora sem a escolta policial, imganei meu pai refém até que eu fosse até o local para extrair meus dentes. Dei uma leve procurada e achei celular ivisível. Em fim ele volto e fomos embora, já era  as 16hs.
    Perdi mais um dia de trabalho, mas elevei minha auto-estima de ser Humano. Não sei se realmete existe máfia, mas peço fiscalização e respeito pelos impostos que meu rico suor paga. O sargento me disse: Vejo isso acontecendo muito tempo, e tu foi o primeiro que reclamou desta maneira. Fui um homem protestando sem nenhum público.

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